No dia 16 de abril, o Rio de Janeiro recebeu a palestra “Saúde mental: assédio moral e sexual”, organizada pelo Nube em parceria com o Saber Aprendizes. A ação já passou por Campinas e São Paulo, e agora aterrissa na capital fluminense com o objetivo de debater um dos temas mais urgentes e delicados da sociedade.
Saúde mental nas empresas: de pauta emergente à prioridade
O debate tem ganhado cada vez mais força, especialmente com as mudanças no modelo de trabalho e da crescente digitalização. “O tema foi escolhido porque está em evidência nos últimos anos, com a evolução da tecnologia e o aumento da produtividade após a pandemia. Foi um período de muita movimentação, levando as empresas a olharem mais para os seus colaboradores e a se preocuparem não apenas com a eficiência, mas também com os aspectos físicos e mentais”, observa Maiara Bravo, Supervisora de Atendimento do Nube.
Essa preocupação é urgente: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e a ansiedade custavam à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano em perda de rendimento. No Brasil, em média 30% dos trabalhadores relataram sintomas de esgotamento, conforme a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
Assédio moral: identificar, combater e prevenir
Além da responsabilidade com as emoções, é essencial olhar para as ameaças ao bem estar no ambiente corporativo, como o assédio moral e sexual. Para a psicóloga Miryam Mazieiro, do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP, o papel da gestão é primordial nesse processo. “Quando um líder consegue desenvolver a proteção da saúde mental dos seus colaboradores, ele pode trabalhar fatores como apoio social, incentivar os funcionários a se apoiarem e cooperarem muito mais, sem competir entre si, e assim será um gestor apoiador. Outro ponto é a justiça organizacional, se o trabalhador percebe a distribuição das tarefas de forma justa”, analisa.
Segundo os dados mais recentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), esse problema atinge 52 mil brasileiros anualmente, afetando diretamente o desempenho e aumentando os riscos de transtornos emocionais. Por isso, ações como essa são cruciais para educar, conscientizar e criar um espaço mais seguro e acolhedor.
Inner skills e segurança psicológica: o cuidado começa por dentro
Apesar da discussão em ascensão, é fundamental discutir medidas práticas para dar suporte emocional ao time. “Esse é o tema do momento e eu tenho certeza: não vai ser um assunto passageiro, porque cuidar do bem-estar é muito importante. No Saber Aprendizes, temos uma metodologia extremamente moderna e atualizada com as demandas do mercado e, além de inteligência artificial, abordagens ágeis e uma série de ferramentas de hard e soft skills. Trabalhamos também o Inner Skills, ou seja, o cuidado com o interior”, relata o superintendente do Saber Aprendizes, Denis Lopes. A instituição conta com uma equipe interna de psicólogos para atender às necessidades dos jovens, de forma complementar aos treinamentos.
Essa cautela se reflete diretamente no clima, como complementa Adriana Manso, do Clube Naval – Piraquê. “Uma das nossas estratégias é sempre envolver o pessoal em atividades laborais, dinâmicas de grupo, buscando acolher de diversas maneiras. Assim, tratando, ouvindo como estão, suas percepções, pontos de melhoria”. A segurança psicológica — permite às pessoas se expressarem sem medo de retaliação — tem sido apontada como um dos principais indicadores de alta performance.
Cuidar das pessoas gera melhores resultados
Iniciativas com esse foco não devem se restringir às paredes do escritório. Estimular hábitos saudáveis também pode ser papel das companhias, de maneira respeitosa e não invasiva. “Eu acho legal também a gente incentivar, como organização, o exercício físico, a terapia, isso também ajuda muito no emprego. O que acontece fora se reflete dentro no trabalho”, reforça Sarah da Silva de Oliveira Souza, Supervisora no Colégio Santa Teresa de Jesus.
Da mesma maneira, fomentar uma cultura positiva exige vigilância constante e ações efetivas contra qualquer forma de preconceito. “Nós devemos ficar atentos o tempo todo, ter cuidados com as palavras e respeito com o próximo nos mínimos detalhes. O racismo e a discriminação, também são velados, então cabe a nós, como comunidade ou trabalhadores, perceber isso e denunciar por meio de canais de escuta, além de atuar com com palestras, cursos e informações”, ressalta Daniel Trajano, Auxiliar Administrativo no Colégio Santa Teresa de Jesus.
A fala de Trajano destaca a importância de um espaço onde a boa convivência é prioridade e todos se sintam seguros para se expressar. Quem investe nisso tem equipes mais engajadas e inovadoras. Segundo a Deloitte, cada R$ 1 investido em amparo psicológico no contexto laboral pode gerar até R$ 4 em retorno, por meio de maior produtividade, redução do absenteísmo e clima organizacional mais positivo.
O combate ao assédio moral e sexual foi destacado como fundamental para garantir ambientes corporativos mais saudáveis. É papel das empresas agir com firmeza e responsabilidade, incentivando uma cultura de respeito e escuta ativa. Por outro lado, os colaboradores também têm responsabilidade nesse processo: ao identificarem e reportarem casos, ajudam a promover mudanças. A tolerância a essas práticas, afinal, impacta não só o clima organizacional, mas também a saúde mental de toda a equipe.
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