Valorizar a parentalidade no mundo corporativo é essencial para promover a igualdade entre homens e mulheres e garantir o bem-estar dos colaboradores. Muitas organizações ainda enfrentam desafios ao integrar princípios de inclusão, refletindo em diferenças significativas na percepção da equipe em relação ao suporte oferecido. Entenda como contornar essa situação neste Minuto Carreira.
O impacto da parentalidade na cultura empresarial
“É fundamental implementar políticas de diversidade e criar ambientes inclusivos, reconhecendo a importância dos papéis parentais. Isso só é possível a partir do reconhecimento de como as pessoas não se tornam profissionais piores quando têm filhos. Além da compreensão do cuidado como uma tarefa de todos e não exclusivamente da mulher. Com isso, é viável acolher e apoiar todas as figuras familiares, promovendo a equidade de gênero e criando oportunidades no mercado de trabalho”, destaca Luciana Cattony, sócia-fundadora do Maternidade nas Empresas. Para uma inserção efetiva, é indispensável rever a mentalidade separatista de carreira e família. A qualidade de vida é justamente equilibrar ambas as áreas com parcimônia.
Segundo um levantamento da consultoria Filhos no Currículo, para 90% dos pais, o lugar onde trabalham é um bom lugar para as mães. No entanto, ao fazer a mesma pergunta para elas, o índice cai para 68%. A diferença também aparece entre os líderes (83%). Apesar de 98% dos decisores se sentirem seguros para gerir uma equipe com genitores (as), apenas 73% demonstraram confiança ao esclarecer dúvidas sobre os direitos voltados para esses casos.
Parentalidade e produtividade: um ciclo de valor para empresas e colaboradores
A família pode ser uma das maiores fontes de motivação individual. Portanto, investir na segurança de quem desempenha papéis de responsabilidade em casa, reflete diretamente na retenção de talentos e no equilíbrio entre produtividade e satisfação. Se a organização valoriza esse aspecto, cria um ambiente propício para o progresso de trajetórias sustentáveis e com engajamento espontâneo.
“A gente também apoia o letramento das lideranças. Quando a gestão entende como o acolhimento traz resultados de negócio, essa cultura se perpetua por todos os setores. O nosso objetivo é redefinir a maternidade e paternidade como impulsionadores tanto do desenvolvimento pessoal, quanto do sucesso empresarial, empoderando homens e mulheres para assumir posições de liderança, envolvendo as companhias, pessoas e sociedade nas discussões sobre o cuidado”, reforça Cattony. Além disso, quem se sente valorizado e apoiado, tem sua eficiência aumentada em até 85%, conforme aponta um estudo da Harvard Business Review.
Dessa forma, promover essa inserção nas corporações não é somente uma questão de responsabilidade social, mas uma estratégia primordial para fortalecer os valores, vínculos e garantir um crescimento sólido para todos.
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