Controlar o índice de turnover é um dos desafios enfrentados pelas empresas. Além de impactar diretamente a produtividade e o clima da equipe, os altos números de rotatividade podem gerar custos elevados com recrutamento, treinamento e perda de conhecimento organizacional. No cenário com retenção de talentos sendo crucial, isso é vital para o sucesso. Então veja, nesta matéria, como evitar esse índice de forma eficiente.
O que é turnover?
Ele é um termo utilizado para descrever a rotatividade de funcionários em uma organização, ou seja, esse indicador mede a saída de colaboradores e a entrada de novos integrantes. O conceito é de suma relevância para a gestão de pessoas, pois reflete a estabilidade ou instabilidade da força de trabalho. Existem dois tipos de desligamento relacionados a esse tema:
Voluntário: refere-se aos funcionários os quais pedem para sair da entidade. “Desalinhamento cultural, oportunidades de crescimento limitadas, insatisfação com a liderança e pacotes de remuneração pouco atraentes. Questões pessoais, como mudanças geográficas, além de fatores de estresse, como o burnout, também contribuem para a rotatividade”, ressalta Ana Gusmão, Diretora de Práticas de Gente da Falconi.
Involuntário: está relacionado às demissões por parte da companhia, sem ser da vontade do funcionário. “Geralmente é conectado ao desempenho insatisfatório, ligado a reestruturações organizacionais e questões disciplinares. Fatores externos como recessões econômicas e avanços tecnológicos também influenciam diretamente as demissões, tornando o fenômeno ainda mais complexo para as lideranças”, explica a diretora de gente da Falconi.
Qual é a taxa de turnover no Brasil?
Em 2024, o Brasil registra quase 8,5 milhões de demissões voluntárias, conforme análise da LCA Consultores. Os jovens, especialmente aqueles entre 18 e 24 anos, assumem um papel central nesse movimento do mercado, sendo responsáveis por 30% dos pedidos de demissão feitos nesse ano.
Ainda, conforme os dados da Robert Half, com um aumento de 56% nos últimos anos, o mercado brasileiro se destaca como um dos com maior turnover do mundo. Ele fica à frente de países europeus, como Bélgica (45%), França (51%) e Reino Unido (43%).
A especialista ressalta o impacto de altas nesse indicador. “Seja ele voluntário ou involuntário, não afeta apenas as finanças das empresas, mas também sua cultura e produtividade. Os custos financeiros incluem recrutamento, treinamento e perda de eficácia, com estimativas variando entre 30% e 150% do salário anual do funcionário desligado. Além disso, a saída de colaboradores afeta a moral da equipe, aumenta a carga de trabalho dos que permanecem e prejudica a coesão da cultura organizacional”, observa Ana.
Como reduzir o índice de turnover?
Para combater essa questão, as entidades devem adotar uma abordagem estratégica e personalizada. Algumas ações recomendadas pela representante da Falconi, incluem:
Fortalecer e gerenciar intencionalmente sua cultura organizacional: criar uma cultura forte, coesa e um ambiente de trabalho o qual promova bem-estar, diversidade e inclusão é fundamental para engajar e reter colaboradores;
Desenvolver líderes eficazes: capacitar gestores para se tornarem líderes inspiradores pode aumentar a satisfação e o engajamento das equipes;
Oferecer pacotes de benefícios competitivos: salários e benefícios atrativos são essenciais para manter os funcionários;
Promover o desenvolvimento de carreira: implementar programas de mentoria e treinamento, além de oferecer planos de carreira claros, é uma das formas mais eficazes de manter talentos realizados.
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